Sábado, 14 de junho de 2025
Política

07/06/2025 às 23h54 - atualizada em 08/06/2025 às 11h14

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Redacao

Vila Velha / ES

Projeto que pode impactar o bolso dos motoristas capixabas tramita na Ales
A proposta altera a lógica de reajuste tarifário em concessões, impondo uma cláusula obrigatória nos futuros contratos firmados entre o Poder Público e empresas privadas.
Projeto que pode impactar o bolso dos motoristas capixabas tramita na Ales
Foto: reprodução. Trânsito de Vila Velha.

Está em tramitação na Assembleia Legislativa um projeto de lei que pode impactar diretamente o bolso dos motoristas que trafegam pelas rodovias estaduais concedidas à iniciativa privada. O PL 269/2025, de autoria do deputado estadual Lucas Polese (PL), propõe a proibição do reajuste nas tarifas de pedágio sempre que houver atraso na execução das obras previstas em contrato pelas concessionárias.


A proposta altera a lógica de reajuste tarifário em concessões, impondo uma cláusula obrigatória nos futuros contratos firmados entre o Poder Público e empresas privadas. A medida impede o aumento de preços quando os compromissos de investimento em melhorias, como duplicações, manutenção de pavimento e construção de viadutos, não forem cumpridos nos prazos estabelecidos. A regra, caso aprovada, valerá apenas para novos contratos, assinados após a vigência da futura lei.


Na justificativa, o parlamentar afirma que o objetivo não é impedir reajustes legítimos, mas estabelecer um mecanismo de proteção ao usuário diante do não cumprimento das obrigações contratuais. Polese sustenta que o descumprimento de cronogramas é recorrente e compromete a segurança, fluidez e qualidade do tráfego nas rodovias, ao mesmo tempo em que não impede o reajuste tarifário, o que penaliza os motoristas.


“O cumprimento do cronograma de obras é essencial para garantir previsibilidade na execução do contrato e respeito ao interesse público”, diz o deputado no documento que acompanha o projeto. Ele ressalta que não é razoável que a tarifa aumente mesmo quando as obrigações da concessionária não são cumpridas, o que contraria a lógica do equilíbrio entre prestação de serviço e remuneração.


A iniciativa será analisada pelas comissões de Justiça, Mobilidade Urbana e Finanças da Ales antes de ser submetida ao plenário.

FONTE: ES HOJE

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