Quinta, 19 de junho de 2025
Política

05/03/2024 às 23h33

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Redacao

Vila Velha / ES

Tyago Hoffmann: “Desse grupo, só um será candidato em Vitória”
E mais: a visitinha de Arnaldinho a Euclério e o treino de tiro do prefeito; “patriotas” se mobilizam por Assumção; Davi Diniz é candidato único ao TCES; quem praticará o “dinizismo” no time de Casagrande agora?
Tyago Hoffmann: “Desse grupo, só um será candidato em Vitória”
Mazinho dos Anjos, Tyago Hoffmann, Fabrício Gandini e Luiz Paulo Vellozo Lucas discutiram as eleições (21/09/2023). Crédito: Reprodução Instagram

O vice-líder do governo Casagrande (PSB) na Assembleia Legislativa, Tyago Hoffmann (PSB), é pré-candidato a prefeito de Vitória. Mas não é o único pré-candidato ao cargo que pertence ao grupo político do governador. Além dele, orbitando o centro do espectro ideológico, temos o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e o deputado estadual Fabrício Gandini (PSD).



Tyago afirma à coluna que o esforço deles é no sentido de que apenas um seja candidato, unificando forças já no 1º turno e apresentando à cidade uma candidatura de centro, moderada e alinhada ao Governo do Estado.



Segundo Tyago, existe hoje um conjunto de cinco partidos e uma federação da base do governador que formam uma frente nas discussões relacionadas à sucessão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória: o PSB de Casagrande, o MDB (presidido no Espírito Santo pelo vice-governador Ricardo Ferraço), o PSD (presidido no ES pelo ex-deputado Renzo Vasconcelos), o Podemos (presidido no ES pelo deputado federal Gilson Daniel), o União Brasil (presidido no ES pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Felipe Rigoni) e a Federação PSDB/Cidadania (presidida no ES pelo deputado estadual Vandinho Leite e em Vitória por Luiz Paulo).


Daí, segundo Tyago, deve sair uma só candidatura de centro. “O diálogo desse grupo é para que haja apenas um candidato, para que consigamos chegar a um consenso com uma candidatura que represente essa frente no 1º turno.”


Ainda segundo o pré-candidato do PSB, essa “frente” também batalha para atrair o PDT. O partido de centro-esquerda também faz parte da coalizão estadual de Casagrande, mas hoje tem a pré-candidatura do ex-deputado estadual Sergio Majeski.


À esquerda dessa frente, há outras pré-candidaturas simpáticas ao Palácio Anchieta. O deputado estadual João Coser é o postulante do PT, partido também pertencente à base de Casagrande. Já a também deputada estadual Camila Valadão é a pré-candidata da Federação PSol/Rede. O PSol não está na base do governo, mas apoiou a reeleição de Casagrande no 2º turno em 2022, e Camila frequentemente vota com o Executivo na Assembleia.


Tyago: sem Luciano no PSB


Tyago Hoffmann rechaça especulações sobre uma possível filiação do ex-prefeito Luciano Rezende ao PSB para se candidatar na Capital pelo partido. “Não há movimento algum no PSB nesse sentido. Dependendo das composições, o PSB pode até não lançar candidato próprio a prefeito de Vitória. Mas não vou aceitar que o partido lance outro candidato que não seja eu, depois de tudo o que já foi construído”, encerra Tyago.


Arnaldinho com Euclério


Na semana passada, o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), fez uma visita ao de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), amplamente divulgada pelo primeiro. Os dois se estranharam no ano passado, mas isso parece ter ficado para trás.



Arnaldinho e Euclério Sampaio (28/02/2024). Foto: Assessoria de Arnaldinho



Euclério tem influência no MDB e, mais ainda, sobre o deputado federal Messias Donato.


Donato é do Republicanos, partido que vem assediando o Coronel Ramalho (sem partido) para filiá-lo e lançá-lo a prefeito de Vila Velha como desafiante de Arnaldinho.


Nos últimos dias, porém, a aproximação do Republicanos com Ramalho esfriou… O ex-secretário de Segurança passou a se aproximar muito mais do Partido Liberal (PL).


Não é só nas pesquisas que ele quer disparar…


Já tínhamos chamado a atenção aqui para uma aparente estratégia adotada por Arnaldinho para conter a “invasão” de Alexandre Ramalho ao seu território junto ao eleitorado de direita de Vila Velha. A reação tem se manifestado em medidas relacionadas ao “militarismo” e ao reforço da segurança pública na cidade. E também em postagens pessoais.


No último domingo (3), Arnaldinho publicou um vídeo em sua conta pessoal no Instagram, com rock’n’roll ao fundo, protagonizando um treinamento em um stand de tiros na cidade. “Você é o que você treina! Sempre que posso mantenho o treinamento afiado, para deixar corpo e cabeça preparados para o dia a dia”, escreveu o prefeito, que surge no vídeo atirando com uma pistola em vários alvos fixos, sob a orientação dos instrutores, inclusive de dentro de um carro. “Agora o pau vai quebrar!”, exclama ele.



Arnaldinho atirando em treinamento num clube de tiro. Foto: Reprodução Instagram



O prefeito chegou a fazer um merchandising do clube de tiro, deixando os números para quem quiser entrar em contato.


O que o PT decidiu fazer em Vila Velha


No último sábado (2), em plenária municipal, o Diretório do PT em Vila Velha reforçou a decisão de construir candidatura própria à prefeitura da cidade. Por ora, ficam mantidos Edinho Wilson e Babá como os dois pré-candidatos do partido. Nos próximos meses, um dos dois se tornará o nome de consenso.



Edinho Silva (à esquerda) e Babá erguem o punho juntos durante plenária do PT de Vila Velha (02/03/2024). Foto: Babá



Na plenária, nem sequer se falou em apoio à reeleição de Arnaldinho. Os discursos foram na linha de defesa dos programas e do legado do governo Lula em Vila Velha, eleição de vereadores e refortalecimento do partido na cidade. Aposentado de mandatos, o ex-deputado estadual Cláudio Vereza fez uma fala veemente nesse sentido.


O esbregue de Assumção em Pazolini


Antes de ser preso na quarta-feira passada (28), o deputado estadual Capitão Assumção voltou à carga contra Lorenzo Pazolini. Discursando da tribuna da Assembleia, cobrou Pazolini pelo fato de o prefeito não ter se manifestado a favor da manifestação convocada por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista no dia 25 de fevereiro, muito menos comparecido.


Chamando o prefeito de “um tremendo farsante”, “mentiroso mor” e “isentão”, o deputado afirmou que Pazolini não pode se arvorar em “candidato da direita” se não apoia Bolsonaro – partindo, é claro, da premissa bolsonarista de que “direita” é sinônimo de “bolsonarismo”.


Apoiadores de Assumção nas galerias


Apoiadores do Capitão Assumção devem lotar as galerias da Assembleia Legislativa durante a sessão plenária na tarde desta segunda-feira (4).


Nas redes sociais, circulam mensagens conclamando os “patriotas” a comparecerem, para lutar pelo “fim das perseguições políticas marcadas por arbitrariedades” e defender o deputado “na sua luta por seus direitos e garantias inerentes ao seu mandato parlamentar, conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988”.


Davi Diniz eleito por W.O.


O secretário-chefe da Casa Civil, Davi Diniz, está virtualmente eleito para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES), no lugar de Sérgio Borges. Findo o prazo para registro de candidaturas à vaga, às 10 horas desta segunda-feira, ele foi o único candidato inscrito.


A votação secreta em plenário só vai sacramentar o fato. Está marcada para a sessão da tarde desta segunda-feira (4), conforme ato publicado pelo presidente da Assembleia, Marcelo Santos (Podemos), no Diário do Poder Legislativo.


E agora? Quem vai praticar o dinizismo no time de Casagrande?


A dúvida que fica agora é: quem vai praticar o dinizismo no time de Renato Casagrande, isto é, quem vai ocupar o lugar de Davi Diniz na Casa Civil, como o principal responsável pela articulação política do governo?


Até o momento, nenhum nome é ventilado no Palácio Anchieta.


O “dinizismo” de Davi Diniz


No futebol, o sistema de jogo inovador do treinador do Fluminense, Fernando Diniz, alcunhado por imprensa e torcedores como “dinizismo”, é caracterizado por muita aproximação entre os jogadores e um obsessivo toque de bola.


Na política capixaba, o “dinizismo” praticado por Davi Diniz guarda relações: muito toque de bola, muitas jogadas de aproximação, movimentação em campo, tabelas e triangulações.


Mas as personalidades dos dois são bem distintas. À beira do campo, Diniz (o técnico) é sempre nervoso e histriônico. Já o Diniz de Casagrande é sempre muito calmo e discreto.

FONTE: ES 360

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