Quinta, 19 de junho de 2025
Política

29/02/2024 às 22h22

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Redacao

Vila Velha / ES

Vereadores da 'Operação Peixada' se livram da cassação dos mandatos
Elcimara Loureiro, relatora do processo na Comissão Especial, defendeu uma advertência formal
Vereadores da 'Operação Peixada' se livram da cassação dos mandatos
Foto: Reprodução

Os vereadores Anderson Muniz (Podemos), Darcy Junior (Patriota) e Professor Arthur (SD), que participaram do tumulto na agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine), em 17 de novembro, na Serra, estão livres da cassação dos mandatos. Nessa terça-feira (27), a vereadora Elcimara Loureiro (PT), relatora do processo aberto na Comissão Especial Processante (CEP), descartou a penalidade máxima e defendeu uma advertência formal, com pedido de desculpas nas redes sociais.


O relatório, protocolado no final da tarde, será submetido à votação na Câmara Municipal no próximo dia 4. No documento, a relatora afirma que os vereadores "agiram de maneira indigna e faltaram com o decoro na conduta pública que a sociedade espera deles", e aponta que o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), "que não é parte dessa Comissão Processante", foi quem protagonizou o tumulto, "ofendendo funcionários, gritando, imputando condutas criminosas, abrindo gavetas e armários, tentando apreender celulares".


Muribeca foi denunciado na Assembleia Legislativa pela gestão do prefeito Sergio Vidigal (PDT), mas o processo foi arquivado, por determinação do presidente Marcelo Santos (Podemos). Outras ações contra o parlamentar relacionadas ao caso tramitam na Justiça. Nos meios políticos, a "Operação Peixada" tem características de uma ação de campanha eleitoral, considerando que Muribeca é pré-candidato a prefeito nas eleições de outubro deste ano e concorrerá contra Vidigal.


A votação do relatório da CEP, encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, vai encerrar, no âmbito municipal, a denúncia do subsecretário de Trabalho e Renda do município, Renato Ribeiro, apontado por Muribeca e os três vereadores por prática de suposto apadrinhamento na distribuição de vagas de emprego.


Segundo a relatora, os vereadores "limitaram-se a ficar estáticos em volta dos acontecimentos, vez ou outra falavam alguma coisa com algum dos presentes, de maneira cordial, e serviram apenas de palanque para os atos de politicagem do deputado em questão". Essas visão é baseada em vídeos e relato de testemunhas, afirma.


A Comissão Processante é formada ainda pelos vereadores Sergio Peixoto (Pros), presidente; e Professor Rurdiney, membro. O colegiado foi aprovado na Câmara por 13 votos a favor e 7 contra, depois de debates sobre a ação comandada pelo deputado Muribeca, pré-candidato a prefeito da Serra. Com os vereadores ele abriu arquivos, interrogou funcionários e se usou do poder de polícia, com o apoio da Polícia Militar.

FONTE: Século Diário

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