Quinta, 28 de março de 2024
Cidades

13/03/2020 às 15h07

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Redacao

Vila Velha / ES

Pedido de impeachment de Casagrande é criticado
Deputados solicitaram que a Mesa Diretora rejeitasse o requerimento, mas o autor reforçou que pedido de impedimento teria embasamento na legislação
Pedido de impeachment de Casagrande é criticado
Enivaldo dos Anjos criticou pedido de impedimento do governador / Foto: Tati Beling

A sessão ordinária desta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa (Ales) ficou marcada pela defesa do governador Renato Casagrande (PSB) diante do pedido de impeachment protocolado pelo deputado Capitão Assumção (PSL) no dia anterior. Alguns parlamentares pediram que a Mesa Diretora rejeitasse o requerimento, mas o autor reforçou que ele não seria retirado porque havia embasamento na legislação. 

O primeiro a se manifestar foi Enivaldo dos Anjos (PSD). Ele argumentou que não havia justificativa para levar adiante o pedido e cobrou uma resposta da Mesa em 24 horas. “Ao invés de impeachment deveria ter moção de aplausos, pois é um dos governadores mais competentes do País, que mantém a regularidade do Estado e cria condições para caminhar no presente e futuro, gerando um Fundo que vai estabelecer a possibilidade de segurança econômica por mais de 20, 30 anos”, disse. 

Outro ponto levando pelo pessedista diz respeito aos efeitos que a aprovação do requerimento poderia causar no cenário estadual. “Isso pode afastar investidores do Estado, pode gerar instabilidade para o setor empresarial. Estamos num momento de dificuldades no País com o Estado buscando ser exemplo”, ressaltou. 

Segundo Dr. Rafael Favatto (Patri) o governador tem responsabilidade com o povo capixaba e provou isso diante das chuvas que afetaram o Estado. Na opinião dele o movimento de Assumção apesar de justo, era extemporâneo. “Não estamos vivendo nenhuma crise para que o governador possa ser investigado ou questionado, não tem nenhum ponto que vai ferir a honra do governador e suas decisões”, frisou. 

Freitas (PSB), líder do Governo na Casa, salientou que Casagrande não tinha nenhum problema em realizar a prestação de contas, que ela não havia sido feita ainda por compromissos em Brasília e que a data seria acordada com o presidente Erick Musso (Republicanos). Os deputados Coronel Quintino (PSL), Dary Pagung (PSB), Marcos Garcia e Luciano Machado (ambos do PV) também defenderam o governador. 

Já Assumção afirmou que Casagrande havia descumprido a legislação ao não comparecer à Casa no prazo previsto (3 de março) e que manteria o requerimento. “Eu não pedi nada demais. É crime de responsabilidade (não prestar contas no prazo). Ele que vá se justificar. O jogo democrático é esse. Temos um grupo de independentes aqui que quer discutir o Estado”, assegurou.

Enivaldo tornou a debater o assunto. Desta vez levantando uma questão de ordem. O parlamentar questionou qual dos prazos seria o mais correto para o chefe do Executivo estadual vir até a Assembleia. “O da Constituição Estadual, da Lei 7.920/2004 ou do Regimento Interno? É um erro que essa Casa cometeu ter várias leis com o mesmo objetivo. O governador não disse que não vem, só pediu para vir em abril”, garantiu.

FONTE: Portal da Assembleia Legislativa / www.al.es.gov.br/

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