Passaporte. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A espera para obter visto de turista para viajar aos Estados Unidos está mais longa do que nunca. Para entrevista no consulado de São Paulo só há vagas para agendamento para daqui a 630 dias, o equivalente a 21 meses. Isso significa que a próxima data disponível será apenas em fevereiro de 2025, conforme dados fornecidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Se você está planejando uma viagem para os EUA, é importante se preparar para essa extensa espera e iniciar os trâmites com antecedência.

A diretora do Setor de Visto da Agência Viaje Mais Pague Menos, Flávia Marchito, lembra que no Brasil é possível agendar a entrevista em outras quatro cidades: Brasília, onde há data disponível para março de 2024; Porto Alegre (setembro de 2024); Recife (outubro de 2024); Rio de Janeiro (dezembro de 2024). Esses dados são desta quarta-feira (14).

Desde que o Consulado Americano de São Paulo retomou a emissão de vistos em novembro de 2021, os agendamentos já estavam com um prazo significativo, com datas disponíveis apenas para o final de 2022. Em dezembro de 2022, um ano após a reabertura das fronteiras dos Estados Unidos após a pandemia da covid-19, o período de espera para agendar entrevistas estava em 484 dias. Em março do mesmo ano, a fila já alcançava 284 dias. No mês anterior, em fevereiro, o número era um pouco maior, com espera de 294 dias.

Ainda segundo Flávia, não há alternativas para a longa fila, o jeito é esperar. No entanto, os clientes da Agência Viaje Mais Pague Menos já se antecipam e buscam entrar na fila com antecedência para viagens que devem acontecer nos próximos anos. A orientação é entrar na fila o quanto antes para agilizar o processo.

Essa crescente demanda e o consequente aumento no período de espera refletem a retomada das viagens internacionais. “Nunca tivemos tanta solicitação de visto americano a nível Brasil. Hoje, o dólar está R$ 5. Isso é um atrativo. A fila também nos faz vislumbrar uma viagem para os Estados Unidos onde eu tenho esse tempo de espera para me programar financeiramente para compra da moeda, hospedagem, passagens e tudo mais. Eu já estou vendendo excursões para Disney para 2025”, ressalta Flávia.

A longa fila só atinge as pessoas que estão tirando o visto pela primeira vez. O visto de turismo é válido por dez anos e pode ser usado em quantas viagens forem feitas, dentro desse período. Mas, a cada viagem é estabelecido um tempo máximo de permanência, definido pela equipe de imigração que recebe o passageiro após o desembarque. Em geral é inferior a seis meses. A nova taxa de emissão do visto B1/B2 (turismo/negócio) custa US$ 185 (ou seja, cerca de R$ 925, na cotação atual da moeda brasileira).

COMO TIRAR O VISTO AMERICANO?

Você que está pensando em viajar para os Estados Unidos, vai com certeza precisar de um passaporte para sair do Brasil. Além de tirar o passaporte é preciso ter o visto americano para realizar seus sonhos de viagem. Ele pode ser obtido em um consulado que vai dar a permissão para você entrar, legalmente, no país.

– Escolha o tipo certo de visto: é importante definir bem os objetivos da sua viagem para solicitar a categoria correta de visto.

– Passaporte: seu passaporte deve estar dentro da validade, em perfeito estado de conservação. Documentos com rasura, ilegíveis ou danificados costumam ser mal vistos pelos oficiais americanos.

– Preenchimento do formulário: é bom lembrar que o oficial no consulado irá ler atentamente suas respostas do formulário no momento da entrevista. Portanto, tenha toda a atenção durante o preenchimento.

– Documentação: a ausência de qualquer documento importante pode fazer com que seu visto seja negado. Verifique a lista e separe todos os documentos com antecedência para não ter nenhuma surpresa desagradável.

– Vínculo: é essencial demonstrar que você pretende voltar ao Brasil no prazo planejado. Separe documentos que comprovem seus vínculos com o Brasil. Imposto de renda, bens materiais, certidão de casamento, entre outros são boas formas de demonstrar vínculo com o Brasil.

FONTE: ES360